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agosto 23, 2025 01:13

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STF decide que redes sociais podem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão histórica: as redes sociais agora podem ser responsabilizadas diretamente por postagens ilegais feitas por seus usuários. A medida foi aprovada por 8 votos a 3 e muda totalmente a forma como plataformas como Facebook, Instagram, YouTube e outras deverão lidar com o conteúdo publicado nelas.

⚖️ O que mudou?

Antes dessa decisão, a regra era a seguinte: as plataformas só poderiam ser punidas se, mesmo após uma ordem judicial, se recusassem a remover o conteúdo ilegal. Ou seja, alguém precisava ir à Justiça, ganhar a causa e só depois disso a rede poderia ser responsabilizada. Essa regra estava no chamado Artigo 19 do Marco Civil da Internet, criado em 2014 para garantir a liberdade de expressão e evitar censura.

Agora, isso mudou. O STF considerou que esse artigo não protege adequadamente os direitos fundamentais e a democracia, já que exigia que as vítimas de ofensas, fake news ou discursos de ódio tivessem que acionar a Justiça para só então terem seus direitos protegidos.

📌 E como vai funcionar daqui pra frente?

A partir de agora, as redes sociais deverão agir assim que forem notificadas de forma extrajudicial (ou seja, sem precisar de decisão da Justiça) sobre conteúdos claramente ilegais. Se forem avisadas e não retirarem o conteúdo, podem ser responsabilizadas civilmente — o que significa pagar indenizações ou sofrer outras sanções legais.

Entre os conteúdos que devem ser removidos após notificação estão:

  • Ações antidemocráticas
  • Conteúdo terrorista
  • Incentivo ao suicídio ou automutilação
  • Discriminação por raça, religião, identidade de gênero, orientação sexual
  • Crimes contra a mulher e discursos de ódio misóginos
  • Pornografia infantil
  • Tráfico de pessoas

🗣️ E a liberdade de expressão?

Alguns ministros, como Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin, votaram contra a mudança. Eles defenderam que quem deve ser punido é o autor da postagem, não a plataforma, e que a liberdade de expressão é um direito essencial, protegido pela Constituição.

Mas a maioria dos ministros discordou. Para eles, liberdade de expressão não pode ser desculpa para discurso de ódio, violência ou crime, e as grandes empresas de tecnologia têm o dever de cuidar do que está sendo publicado em suas redes. Como disse o ministro Alexandre de Moraes, “as redes sociais não são terra sem lei”.

📚 Por que isso é importante?

Com essa decisão, o STF reconhece que o ambiente digital mudou muito desde 2014. As redes hoje têm algoritmos poderosos, influenciam o debate público e até as eleições. Por isso, elas precisam ter responsabilidade com o conteúdo que espalham.

Enquanto o Congresso não aprova uma nova lei sobre o tema, essa decisão do STF valerá como regra geral em todo o país.

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