Numa publicação intitulada “Manifesto de Amor à Ordem”, Raylena Alencar, secretária-Geral da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), a Conselheira Federal Isabella Paranaguá e a secretária-Geral da CAAPI, Ravennya Moreira, postaram uma “collab” (publicação conjunta) de rompimento com “a atual gestão da Ordem”, da qual fazem parte e trabalharam para eleger.
A atual gestão, todos sabem, tem como presidente Celso Barros Neto. Embora as três tenham trabalhado, viajado o interior do Piauí, feito campanha, pedido voto para si e para Celso no último pleito, agora “rasgam a camisa” e se distanciam, num movimento de buscar legitimidade para formar, quem sabe, novo grupo e fazer frente ao de Celso.
Vejamos trechos do Manifesto:
“Nós, um grupo de advogadas dedicadas e comprometidas com a nossa profissão, viemos por meio deste manifesto comunicar nossa decisão de nos afastarmos da atual gestão da OAB/PI. Essa decisão não foi tomada de forma precipitada, mas sim baseada em profundas reflexões sobre os rumos e práticas adotadas pela atual administração.
Os principais motivos que nos levam a tomar essa atitude são: o modelo de gestão atual não reflete os valores de inclusão e eficiência que tanto prezamos. Acreditamos que a OAB/PI deve ser um exemplo de boas práticas e, infelizmente, sentimos que isso não está sendo alcançado.
Além disso, a exclusão de diversas vozes no processo de sucessão é inaceitável. Acreditamos que todos os membros devem ter a oportunidade de participar ativamente e de serem ouvidos nas decisões que moldam o futuro da nossa instituição”.
Ou seja, não há nada de concreto, específico, profundo, ataque direto, com exemplos ou casos ligados à OAB. A crítica é superficial e, quando dizem que se sentem preteridas do processo de sucessão, o manifesto faz parecer que é mais “cabo de força”, “briga de ego” do que qualquer outra coisa. Além disso, no manifesto elas explicam que se afastam da gestão, but not dos cargos para os quais foram eleitas. De todo modo é super legítimo e desejamos sorte.
A oposição na OAB-PI, que já possui o grupo de Raimundo Júnior, agora uma terceira via. No final deste ano tem eleição e as peças estão sendo mexidas no tabuleiro de pouco mais de 18 mil advogados no Piauí.