Vocês devem lembrar, pois nem tem um ano direito, da briga interna no diretório municipal do PT de Teresina em 2024 quando os deputados petistas Dr. Vinícius, Franzé Silva e Fábio Novo queriam ao mesmo tempo ser candidato a prefeito. Acabou que Novo saiu vencedor, embora tenha perdido a disputa municipal para Silvio Mendes, que se elegeu e hoje comanda a prefeitura da capital do Piauí.
Agora um novo racha começa a surgir, porém, na oposição e a treta é mais “foguenta”. Vou tentar explicar aqui a origem. Leiam com calma e atenção. Ainda em dezembro, o presidente estadual do Progressistas no Piauí, Joel Rodrigues, pediu que os deputados estaduais Marden Menezes, Bárbara do Firmino e Dr. Thales deixassem o partido de forma amigável, uma vez que, segundo Joel, o trio migrou para a base do governo de Rafael Fonteles. E o PP é oposição.
Marden deu declaração à Imprensa que não deixaria, nem faria sentido, quando em âmbito federal, o PP participa da gestão do PT no Governo Lula, inclusive, ocupando e indicando Ministérios, como o do Esporte. E mais recentemente se ventilou o ingresso total do partido na gestão de Lula, o que não ocorreu (ainda). Até mesmo uma aliança entre Ciro e Rafael foi ventilada também visando 2026.
Fato é que Joel seguiu dando declarações de que, ou os deputados pediam para sair ou seriam expulsos. E fixou prazo até 19 de janeiro para que os três se desliguem do Progressistas. A deputada estadual Gracinha, que não estava envolvida até então, manifestou-se e disse que foi contrária ao ultimato dado por Joel aos colegas de bancada. E o vereador do PP recém eleito para a Câmara Municipal de Teresina, Petrus Evelyn, que também não estava envolvido no imbróglio até então, pegou um print com a fala de Gracinha e postou em seu perfil no Instagram dizendo o seguinte:
“Discordo da deputada. Os deputados Marden, Bárbara e Thales apoiaram o PT. Faz sentido dizer que isso é “pensar diferente”? Não! Eles querem ficar do lado do partido que está destruindo o Piauí há 20 anos e merecem a expulsão”.
Gracinha não deixou por menos e lançou 2 textão de resposta (leiam tudo, caraio, porque deu trabalho transcrever). Gracinha só não chamou o Petrus de gente. Disse que ele é “pseudo-direita” e que ele não tem que se intrometer em conversa de gente grande, digo, das decisões envolvendo os deputados estaduais.
“Repudio veementemente a nota claramente fantasiosa e retirada do contexto! A ignorância é audaciosa, não temo chantagistas e muito menos esse tipo de político fraco que tem medo de enfrentar adversários nas urnas! Imposição não é democrático e não aceito imposições. Esse tipo de pseudo-direita para mim não é Direita, nem Esquerda, nem Centrão. É ultrapassado e disfarçado, não tem o meu respeito! Não temo ameaças, bandidos e muito menos “machões” que se escondem atrás da internet! Não sou a favor da expulsão e pronto. Deixaram no período eleitoral, afirmaram deixar, e agora essa conversa demagoga que não ajuda nenhum suplente, aceito o que a maioria decidiu, mas tenho minhas convicções. Atitude inócua e nem o motivo de vereador resolver algo que tem a ver com o partido diretamente ligado aos suplentes e eleitos nas vagas estaduais. Quem tem medo das urnas que lute”.
“Tenho pleno direito de discordar. Primeiro motivo: os prejudicados são os suplentes, que não ocuparão as vagas. Segundo motivo: o partido permitiu que votassem em quem quisessem, o que é um fraude. Terceiro motivo: possuo independência e não sou refém, tampouco aceito chantagens de “machões” fichas sujas. Quarto motivo: é inócuo fingir uma expulsão quando, na verdade, é uma antecipação de janela, diminuindo as cadeiras parlamentares conquistadas com esforço pela legenda. Quinto motivo: os mesmos estão sendo beneficiados pela antecipação de janela e não há nada na lei que os impeça de serem candidatos novamente em 2026 pelo PP. Portanto, considero essa atitude inócua e demagógica, pois tenho minhas convicções e não temo os inescrupulosos nem aqueles que querem aparecer às custas dos outros. Afinal, nem iniciaram seus mandatos, nem mostraram a que vieram. Desrespeitosos e se achando “machões’. Fora de contexto e de época”.
Resumindo aí: para Gracinha, a postura de Petrus é exagerada. Para Petrus é inadmissível a permanência do trio no partido. Para Gracinha, a expulsão dos deputados não garante a vaga dos suplentes. Para Petrus é inadmissível a permanência do trio no partido. Sei que o bom mesmo é ver os defensores da Gracinha e do Petrus na postagem lá no Instagram. Sigamos acompanhando que a semana pode trazer boas novas tretas, digo, surpresas. Fui!