Teresina - PI
outubro 8, 2024 16:01

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Thanis Killian e o que podemos aprender sobre a Direita com a Esquerda e vice-versa

Antes de tudo, deixar esclarecido que esse texto, assim como todos os outros aqui na coluna Politizado, não é nada: não é hate, não é ataque, não é defesa de ninguém, não é verdade absoluta, somente um mero passatempo com ares de reflexões. E assim, sendo começo perguntando: blogueiro se elege? Jornalista, influencer, (sub)-celebridade se elege? Em Teresina até agora não.

Então quero falar de um personagem que ocupa não só lugares físicos no cotidiano da capital, mas o inconsciente coletivo do teresinense pela intensidade de sua presença e aparições públicas: Thanis Killian. Uma sumidade de 48 anos, cabelos escuros e longos, inversamente proporcional ao short curto e camisa regata, porque enfim, calor, né, monas. Uma mexidinha na perna, com um tapa na coxa seguido de “I Crazy” com muita exclamação. Ei-lo.

Ele disputou sua primeira eleição em 2012, pelo extinto PTC. Obteve 84 votos naquele pleito. Oito anos depois, em 2020, na mesma campanha em que Dr. Pessoa foi eleito prefeito de Teresina, conquistou 38 votos. Mas um ano antes, em 2019, ele se filiou ao Progressistas, posando ao lado do presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira e de Iracema Portella. À imprensa, o candidato disse:

“Eu caminho com o Progressistas há muitos anos. Trabalhei em várias campanhas com a deputada Iracema Portela e com o senador Ciro Nogueira que, para mim, é um orgulho porque desenvolvem trabalhos maravilhosos no nosso Piauí”.

E por que eu estou falando do Thanis? É que eu vi um tuíte da jornalista Cinthia Lages, no qual ela aparece, no mínimo “chocada” com o novo partido ao qual Thanis se filiou e ?pretende disputar? mais uma vez uma vaga na Câmara Municipal, o Partido Liberal (PL).

THANIS KILIAN ( não, você não leu errado) é aposta do partido de bolsonaro para a Câmara de Vereadores de Teresina, como informa o colega @FrancyyTeixeira no @portalmeio

Vamos lá. O que faltou para que Thanis se filiasse a um partido mais a esquerda? Por que jogá-lo na fogueira das redes sociais, junto a toda sorte de julgamento e entregá-lo de uma vez à Direita piauiense sem antes entender se houve convite de outros partidos, se houve interesse? Isso mais afasta que aproxima ou não?

O simples fato de ela tuitar faz crer que, no mínimo, a jornalista gostaria de ver o Thanis filiado a outro espectro político que não aligado a Bolsonaro.

E se pegarmos os partidos que compõem a base de Fábio Novo (PT), como PDT, PSB, PSD, PC do B, PV, outros, quais desses possuem “influenciadores” como o Thanis? Qual a importância disso na campanha? Para mim, pelo menos, acredito que o Thanis apenas vai ser usado mais uma vez, que sua candidatura não vai muito longe mais uma vez. Porém quando um partido filia alguém como o Thanis, por mais que ele não ganhe expressividade eleitoral, está mostrando para o inconsciente popular que, diferente do que a Esquerda prega, pessoas comuns, pessoas iguais a todo mundo, tem espaço, voz e vez ao lado de Ciro Nogueira, de Bolsonaro etc. É o jogo da narrativa.

Mas vamos esquecer um pouco o Thanis e citar outros personagens. Bob Guerreiro, com praticamente 2 milhões de seguidores, alcance regional e nacional com seus vídeos de humor, incluindo um personagem político, o “advogado do prefeito”. Está filiado ao Progressistas para disputar uma vaga na Câmara Municipal. Vamos supor que ele não ganhe a eleição. No que ele vai ser importante? Divulgar o partido, os demais colegas do partido e novamente mostrar para a população que, diferente do que a Esquerda prega, pessoas comuns, pessoas iguais a todo mundo, tem espaço, voz e vez ao lado de Ciro Nogueira, Silvio Mendes, de Bolsonaro etc. É a disputa de narrativa.

Ao meu ver, humilde ver, a Esquerda perdeu a mão e ficou para trás no quesito Comunicação, Relações Públicas, Estratégias, Discurso, Base Popular/Digital e tudo mais nos idos de 2012/2013 e não se encontrou até agora. Possa ser que Thanis e Bob nunca ganhem eleição, mas não é porque a Direita perde que a Esquerda ganha. Esse texto não é sobre vencer uma campanha. Vejamos. Dilma foi tirada da presidência por nada. Bolsonaro ganhou as eleições só fazendo live pelo Facebook, com a narrativa de coitadinho que pegou uma facada por querer salvar o país (da esquerda); Lula teve uma vitória sofrida em 2022 e sua popularidade após o primeiro ano não está das melhores, nem sua articulação política no Congresso Nacional.

O Thanis e o Bob em partidos de Direita e a chateação de quem nunca dialogou com eles, mas na primeira oportunidade os atira às cobras mostra qual caminho não faz sentido seguir. Hoje, inclusive, diversos políticos de Direita estão filiados em partidos de Esquerda. O PT do Piauí não me deixa mentir. São políticos que estão somente “passando uma chuva”, dentro do Poder, esperando o Poder virar de novo para os valores que realmente acreditam. Sem culpa, sem compaixão, com Deus, com a pátria, pela família, acima de todos, com tudo.

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