
A chamada PEC da Blindagem, que prevê a possibilidade de parlamentares derrubarem a prisão em flagrante de um de seus membros, avançou com ampla maioria de votos na Câmara. Pelo texto, caberá à Casa Legislativa decidir se mantém ou não a prisão, e, em caso de indeferimento, a prescrição do processo ficará suspensa enquanto durar o mandato.
Entre os partidos, o maior destaque foi o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. A bancada deu 83 votos favoráveis, sem nenhum voto contrário — apenas cinco deputados se ausentaram. Esse resultado fez do PL o partido mais alinhado ao projeto, sem divisões internas. Outros partidos da direita também se destacaram pelo apoio maciço: Republicanos, União Brasil e PP reforçaram a base de sustentação da proposta.
Já os partidos do Centrão, como PSD e MDB, mostraram mais divisão, embora tenham dado números significativos a favor. O governo, por sua vez, orientou voto contrário, mas não conseguiu coesão nem mesmo no PT: 12 deputados petistas votaram a favor da PEC, contra 51 que seguiram a posição oficial. O resultado final consolidou o protagonismo da direita e, sobretudo, do partido de Bolsonaro, como os principais defensores da PEC da Blindagem.
