
O sonho da Vila Irma Dulce é ter um hospital para chamar de seu. A segunda preocupação é com a Segurança. Pelo menos é o que relataram os mais de 100 moradores, a maioria, mulheres, entreviatadas na região em julho de 2025 durante pesquisa feita em colaboração entre a CUFA Piauí e o Instituto Data Favela.
O desejo por um hospital vem do fato de que o mais próximo que existe na região Sul de Teresina fica a 8 quilômetros de distância, ou seja, há cerca de 20 minutos de viagem, considerandouma corrida por aplicativocom demora para aceitar, cancelamento de corrida etc. É o hospital do bairro Promorar, onde também funciona uma maternidade.
Indo de ônibus, o tempo de viagem será maior, correndo risco de nem acontecer, se não houver coletivo circulando na cidade. Além disso, se o morador que está doente paga uma corrida por aplicativo para chegar ao hospital, esse valor poderia ser gasto na compra de remédios se o transporte público fosse eficiente.

Essas dificuldades de locomoção, somadas à demora no atendimento no hospital, podem agravar o estado do paciente. E quando a situação exige uma unidade mais completa, como o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), o tempo de deslocamento pode chegar a meia hora, claro, dependendo do trânsito e das condições de transporte.

A Vila Irmã Dulce já foi considerada a maior da América Latina, foi visitada pelo presidente Lula, as residências foram construídas e entregues aos moradores através do programa Minha Casa Minha Vida.
Hoje residem, segundo o IBGE, cerca de 13. 500 mil moradores, sendo dividida em áreas como Palitolândia, Morro do Cego e Pé de Pequi. Hoje residem, segundo recenseamento de 2022 do IBGE cerca de 200 mil moradores em favelas e comunidades urbanas de Teresina, quase um quarto da população teresinense.

Um hospital construído na Vila Irmã Dulce atenderia comunidades ao redor como Esplanada, Bosque Sul, Parque Sul, Vila da Glória, Residenciais Torquato Neto e Eduardo Costa e até, quem sabe, os vizinhos de Demerval Lobão, cidade fronteiriça.







