Essa publicação não é uma crítica, até porque não somos contra blogueiros/influencers, acreditamos que eles têm sua importância e função nas redes. Isso é uma análise comparativa, como se diz no jornalismo acadêmico. Então, tire você mesmo a prova. Faça o seguinte exercício:
Visite 10 perfis de influencers que você segue, veja os stories e perceba que há um padrão repetitivo de postagens lá. Todos eles, ou a maioria, estão divulgando a mesmíssima coisa:
“PLATAFORMA NOVA, TÁ PAGANDO, SEM BARRA, SEM TAXA, DEPÓSITO MÍNIMO: R$ 5 – COM 10 REAIS JÁ PODE SACAR”.
Ou seja, em alguma medida, eles viraram monotemáticos. Até mesmo as “polêmicas” diminuíram, os provadores, as publi também em detrimento da presença maior de postagens sobre novas plataformas que “estão pagando”. É o Tigrinho que dita o conteúdo que vai para as redes e não mais a utilidade pública, a informação, a fofoca, a notícia.
O fato de haver evento de lançamento de plataforma nova com a presença de vários blogueiros é mais uma prova do que está sendo dito aqui, uma vez que no lançamento são produzidos vários conteúdos ao mesmo tempo nos perfis dos Influencers, mas única e exclusivamente sobre a plataforma.
Com isso, até o dia a dia deles fica perdido entre um anúncio e outro. A sensação que dá é que todos trabalham na Pintos ou no Paraíba, estão tentando te vender o mesmo tênis e você vai comprar com quem tem mais afinidade. Só que o Paraíba e a Pintos deles é o Tigrinho.
Essa estratégia de divulgação do Fortune Tiger, inclusive, precisamos concordar, é supereficiente e eficaz. Basicamente joga os influencer numa Rinha de Plataformas, com cada um querendo divulgar seu link, atrair público e fazer a coisa rodar. Vence quem engaja mais.
Outro ponto é que, embora o conteúdo tenha “empobrecido”, não significa que o influencer em si empobreceu financeiramente. Apesar de que não dá para dizer que eles são/estão ricos, milionários por divulgar esses cassinos online. Ainda que “vendam” essa ideia, esse lifestyle, de pessoas que venceram na vida saindo do nada. Fato é que se o Tigrinho acabar, como elas vão viver? Sabemos que na internet tudo tem prazo de validade e data pra acabar. Foi assim com o Flogão, MSN, Orkut etc.
Uma página, um blogueiro funciona mais ou menos assim: divulga-se uma polêmica entre um ou mais influencer, tenha ele um perfil pequeno ou já consolidado e ali todos ganham. A página que divulgou ganha em engajamento com likes, compartilhamentos e comentários, até os comentários negativos e críticas do tipo ajudam: “Teresina tem cada influencer”, “No Ilhotas só se fala nisso”, “Ele tá é te pagando é, porque toda hora aparece aqui” e por aí vai.
E enquanto a página ganha por engajamento, o dono da polêmica ganha em seguidores, pois todos correm para ver a continuidade, o desenrolar, os próximos episódios da polêmica no perfil do influencer. Aí no meio do desenrolar da fofoca e da polêmica você vai encontrar o quê, o quê? Ele mesmo, o famigerado Tigrinho kkkk Tudo é pano de fundo pra empurrar Tigrinho na tcha cara.
Por fim, no Brasil o jogo é proibido.
A plataforma oferece supostos ganhos altos, induzindo as pessoas a jogarem cada vez mais na expectativa de ganhar. Nisso, já há relatos de quem perdeu R$ 200 mil, R$ 80 mil, de quem até se m”tou endividado.
Recentemente, uma onda de perfis ligados ao jogo passou a seguir massivamente as pessoas no Instagram. Eram robôs causando incômodo e desconforto com seguidores indesejados.
Uma investigação policial também descobriu que a plataforma dá aos Influencers meio de eles gravarem vídeos de divulgação onde sempre ganham para influenciar o público que, quando vai jogar, perde.
